Peixes-voadores nos Açores

Peixes-voadores
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Qual é a coisa qual é ela que voa, mas não tem asas? São os nossos peculiares peixes-voadores, que são muitas vezes avistados durante as nossas viagens de whale watching.
Nos Açores, existem duas espécies de peixe-voador (Cheilopogon heterurus e Exocoetus volitans), no entanto são difíceis de distinguir quando avistados no mar. C. heterurus é a espécie observada com mais frequência nos Açores, sendo E. volitans menos frequente,possivelmente devido à sua distribuição mais tropical.


O Cheilopogon heterurus, pertencente à família Exocoetidae, possui um corpo alongado em forma de torpedo com uma coloração escura na parte superior do corpo e mais clara na parte inferior, podendo atingir um comprimento médio de 25 cm (máx. 45 cm). As suas barbatanas pélvicas são de reduzidas dimensões, enquanto que as barbatanas peitorais são extremamente desenvolvidas e maiores que o normal, o que lhes permite planar fora de água, característica que lhes confere o nome de peixe-voador.

A sua barbatana caudal apresenta um formato irregular, com o lóbulo inferior maior que o lóbulo superior, que lhes serve de propulsor e lhes permite criar distintos padrões na superfície da água. Os juvenis distinguem-se dos adultos pelo seu tamanho reduzido e por apresentarem bandas verticais no corpo e manchas escuras nas barbatanas (Fig. 1).

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Os seus “voos” podem atingir distâncias consideráveis (máximo registado de 400 metros), com uma altura de 2-3 metros, podendo atingir velocidades de tal ordem capazes de acompanhar um semi-rígido durante algum tempo. Este comportamento de voo pode servir como mecanismo de fuga aos seus predadores ou quando assustados pela presença de embarcações. No entanto, uma vez no ar podem servir de presas para as aves marinhas (Fig. 2).

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Nos Açores, os peixes-voadores apresentam uma ampla distribuição, desde zonas pelágicas (mar aberto) a zonas neríticas (áreas costeiras), sendo por norma avistada com mais frequência durante o verão e início de outono, quando a temperatura das águas é mais elevada. Apresentam uma dieta variada, sendo que o zooplâncton compõe a maioria da sua dieta, podendo ainda alimentar-se de pequenos crustáceos. Apesar da sua grande abundância, são peixes sem interesse comercial. As nossas viagens de whale whatching na Picos de Aventura são muito diversificadas, não só é possível observar baleias e golfinhos, como também outras formas de vida igualmente fascinantes. Reserve a sua experiência connosco aqui.

Artigo escrito pela nossa bióloga Inês Dias.

One Comment

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