Krill

krill
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O oceano é o maior habitat do planeta. Nele estão presentes grandes animais como o tubarão-baleia e o maior de todos, a baleia azul que pode ultrapassar os 30 metros de comprimento. No entanto, são os pequenos organismos (na sua maioria microscópicos, como o krill) que fazem parte da base da cadeia alimentar que possuem um papel importantíssimo para os diversos ecossistemas e para manter todos estes titãs das profundezas vivos. A este conjunto de organismos damos o nome de Plâncton.

-Plâncton: Denomina-se plâncton ao conjunto de organismos que não têm movimentos suficientes para contrariar as correntes e flutuam em águas salgadas ou doces, com movimentos de deslocações verticais de até 200 metros de profundidade aproximadamente.

-Fitoplâncton: refere-se ao plâncton vegetal, que contém clorofila como as plantas terrestres.

-Zooplâncton: faz referência ao plâncton animal. O krill é um dos tipos de zooplâncton mais comuns.

O krill são pequenos animais muito semelhantes a camarões que podem ser encontrados em todos os oceanos do mundo e são um elemento fundamental das diversas teias tróficas dos ecossistemas oceânicos pois fazem parte da dieta de muitos organismos. A espécie de krill que está presente no oceano antártico, Euphausia superba, constitui uma das espécies com maior biomassa do planeta, da qual mais de metade é consumida por baleias, focas, pinguins, lulas e peixes.

O seu comportamento é gregário, agrupando-se em enormes cardumes constituídos por milhares de indivíduos por metro cúbico de água que podem estender-se por quilómetros. Às vezes é possível mesmo ver as grandes manchas na água causadas pelos grandes aglomerados de krill.

A maioria das espécies de krill fazem migrações verticais diárias para se alimentar. Durante o dia, permanecem em águas mais profundas onde diminuem a sua atividade a fim de reduzir o seu contacto com predadores e conservar energia. Durante a noite, voltam para águas superficiais proporcionando alimento a muitas espécies de animais.

São animais filtradores e a grande maioria são omnívoros. No entanto, dentro deste grupo de animais também podemos encontrar espécies herbívoras e carnívoras.

Com exceção de Bentheuphausia amblyops e Thysanopoda minyops, todas as espécies de krill são bioluminescentes, ou seja, conseguem produzir luz, através de órgãos complexos de grande tamanho denominados fotóforos. Esta luminescência serve para a sua proteção contra predadores e também como ferramenta para comunicação.

O krill tem vindo a ser utilizado como fonte de alimento e suplemento para o ser humano e incorporado em rações para animais domésticos, mas principalmente para animais criados em aquacultura. Por esta razão, a sua captura no meio natural continua a crescer muito rapidamente. Só entre 2010 e 2014 a captude krill sofreu um aumento de 39% e em contraste, desde 1970 até a atualidade a sua população diminuiu 80%.

Estes pequenos animais, para além de estarem ameaçados por consequência da sobrepesca, também se encontram ameaçados devido às mudanças climáticas, pelo facto de ficarem mais suscetíveis a contrair doenças.

Artigo escrito pela bióloga Fátima Perez Neira.

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