Educação Ambiental e Ecológica
Ao longo dos anos a Picos de Aventura tem-se esforçado para que cada uma das suas atividades seja enriquecida com conhecimento, educação ambiental e ecológica para uma maior sensibilização e conservação da natureza (Fig.1). A vertente marinha é, claro, aquela que mais impacto acaba por ter. Quando se observam animais tão emblemáticos como os golfinhos e as baleias é quase imediata a empatia entre os clientes e as espécies observadas. É precisamente nesta altura que surgem as questões da conservação da natureza e se consegue incutir alguma sensibilização para as problemáticas ambientais. Sendo assim, cada vez mais importante investir na educação ambiental e ecológica da sociedade.
Mas as viagens são curtas, a época da actividade tem vindo a aumentar mas não deixa de ser sazonal, e há ainda muito caminho a percorrer para a sensibilização do público em relação à conservação do meio marinho.
Foi por essa razão que, em 2013, a equipa de biólogos da Picos de Aventura investiu na educação ambiental e ecológica ao criar a Picoslogia: o departamento cientifico-pedagógico cuja principal motivação é a educação ambiental e a sensibilização do público para a conservação da natureza. E qual o seu público-alvo? Na sua maioria são as crianças do jardim-de-infância e ensino básico (1º e 2º ciclo), embora as sessões pedagógicas tenham já abrangido o ensino secundário e até mesmo as creches com sucesso.
Não podendo levar todas as crianças e jovens para o mar para um contacto mais próximo com a biodiversidade marinha, então porque não levar às escolas uma amostra do que é o dia-a-dia dos “whale watchers”? Combinando imagem, som, jogos interactivos, memórias e até um pouco de teatro, foi possível chegar à comunidade estudantil e criar um impacto positivo no conhecimento das espécies que se podem avistar nas águas dos Açores (Fig. 2).
As sessões de educação ambiental e ecológica são feitas à medida das várias faixas etárias. Por exemplo, dos 2 aos 4 anos, é possível transmitir as diferenças entre peixes e mamíferos marinhos, mostrar as principais características das espécies mais conhecidas e até contar histórias sobre tartarugas e a problemática da ingestão de plásticos. O feedback por parte de crianças tão pequenas tem sido fantástico.
Já no pré-escolar é possível transmitir um pouco mais de conhecimento e até de emoções, com a simulação de uma viagem de observação de cetáceos bastante interativa (Fig.3). Juntando várias peças fundamentais às viagens, vídeos, sons e um pouco de teatro, as crianças começam por descobrir as diferenças entre peixes e mamíferos marinhos, a ecologia das espécies mais emblemáticas e, nestas idades tão inquisidoras e imaginativas, é já possível sensibilizar para a preservação do meio marinho.
A partir do ensino básico, as sessões transformam-se em palestras que abordam não só as temáticas referidas anteriormente, mas também a história que envolve os açorianos, o mar e as baleias. Fazendo a ligação entre a caça à baleia e o que permanece desde essa época até aos novos “whale watchers”. Obviamente que nenhuma palestra fica concluída sem passar pela problemática dos plásticos nos oceanos e como estes estão a afetar o ambiente marinho e as espécies que nele habitam.
Cada sessão é única, cada turma é um desafio e uma experiência estimulante. O dinamismo que se gera durante aquela hora motiva novas brincadeiras e novas formas de “chegar” a este público especial, para passar o conhecimento e as experiências do dia-a-dia desta actividade turística. É igualmente gratificante quando mais tarde os professores nos contactam para novas sessões ou para nos transmitir o efeito causado pela nossa visita.
Na verdade, estas sessões têm algo extra que torna a nossa visita mais memorável. Em todas as sessões, dos mais novos aos mais velhos, há um elemento especial. Um visitante surpresa que faz a delícia de toda a gente: a nossa mascote! Um golfinho gigante e simpático que adora interagir com o público (Fig.4).
Com sessões um pouco por toda a ilha (e não só) desde 2013, a equipa da Picoslogia gostaria de agradecer às seguintes instituições por nos ter recebido e ajudado a levar mais longe a biodiversidade marinha dos Açores:
- Colégio do Castanheiro;
- Colégio Valsassina (Lisboa);
- Núcleo escolar EB1 e 2 da Ribeira Grande;
- Núcleo escolar de Rabo de Peixe;
- Escola EB1/JI de Candelária;
- Escola Básica Integrada de Ponta Garça;
- Externato a Passarada;
- Escola JI/EB1 da Matriz;
- Jardim de Infância de Santa Clara;
- Escola EB1/JI de São Roque;
- Creche e Jardim de Infância O Pardal;
- Grupo de Escuteiros de Rabo de Peixe;
- Escola JI/EB1 de Água de Pau;
- Escola EB2 de Arrifes;
- Escola JI/EB1 de Santo António;
- Expolab;
- Escola EB/JI São José;
- Escola Básica e Integrada Canto da Maia;
- Escola EB/JI Santa Clara;
- Centro Social e Cultural de Bairro (Vila Nova de Famalicão);