O golfinho de risso (Grampus griseus) é o membro mais pequeno da subfamília Globicephalinae (Delphinidae). Este é caracterizado pela sua estrutura robusta e cabeça arredondada.
A coloração da sua pele e os padrões de cicatrizes alteram ao longo da sua vida. Quando as crias nascem, estas são cinzentos escuros, e tornam-se esbranquiçados à medida que crescem para adultos devidos às cicatrizes na sua pele. Estas cicatrizes são causadas pela competição entre os indivíduos desta mesma espécie ou com confrontos os a sua presa principal, cefalópodes. Sendo assim, os indivíduos podem ser identificados pelo padrão de cicatrização nas barbatanas dorsais.
Esta espécie é cosmopolita, sendo amplamente distribuído pelas águas tropicais e as águas oceânicas quentes. No Atlântico Norte, eles estão distribuídos desde a Terra Nova ao Mar do Caribe, ocorrendo maioritariamente nas costas europeias da Noruega à Grécia e à volta das ilhas da Macaronésia. Eles preferem habitats com encostas ingremes, entre 400 a 1,200 m de profundidade, ou perto de canhões submarinos e montes submarinos.
Esta espécie forma grupos sociais com uma média de 10 a 30 indivíduos, com um comprimento de 2.6 a 4 m e os adultos podem pesar entre 300-500 kg. A época de nascimento das crias é entre junho e agosto, atingindo a maturidade sexual aos 8-10 anos para as fêmeas e os 10-12 anos para os machos. O status de proteção do golfinho de Risso está caractezidado como deficiente de dados.
Os Açores é uma área de reprodução, forrageamento e de maternidade para os golfinhos de Risso, sendo uma espécie residente das águas dos Açores. Este for primeiramente visto, por companhias de whale watching, no arquipélago em 1992. Contudo, embora possam ser vistos o ano todo nessas águas, eles são avistados apenas algumas vezes. Isto pode ser devido a serem cetáceos tímidos e não se aproximam dos barcos. Outra hipótese é porque a sua dieta é maioritariamente composta por cefalópodes de águas profundas, o que leva a que estejam distribuídos em profundidade, não sendo possível avistá-los à superfície muitas vezes.
Artigo escrito pela bióloga Margarida Leal.
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